'Órfãos
da Terra’ ganha Emmy Internacional de Melhor Novela
É
a oitava novela da Globo a vencer o Emmy
Internacional da categoria. A produção, que
emocionou o público, falou do drama dos
refugiados e exaltou a diversidade e o acolhimento
A
novela “Órfãos da Terra” ganhou, na
segunda-feira (23/11), o Emmy Internacional,
o prêmio de maior prestígio da televisão
mundial.
O
apresentador do Emmy Internacional de
Entretenimento, o ator Richard Kind, abriu
a cerimônia em um teatro vazio de Nova York
dizendo: "Espero que seja o último Emmy
virtual da história".
Em
um mundo já acostumado a encontros a distância,
a Globo concorria em três categorias. Andrea
Beltrão disputou o Emmy de melhor atriz pela
atuação na minissérie "Hebe",
que estreou em 2019 no Globoplay. A vencedora da
categoria foi a atriz britânica Glenda Jackson,
de 84 anos, pelo papel de uma mulher com Alzheimer
que perde a memória gradualmente.
"Elis
- Viver é melhor que sonhar" foi indicada na
categoria minissérie e filme para televisão. O
ator Cauã Raymond anunciou o prêmio de uma praia
no Rio de Janeiro. A minissérie vencedora foi uma
produção do Reino Unido sobre um menino de 12
anos julgado por assassinato.
A
Globo mostrou sua força na disputa de melhor
novela. “Órfãos da Terra" é a oitava
novela da Globo a vencer o Emmy Internacional da
categoria. A produção, que emocionou o público,
falou do drama dos refugiados e exaltou a
diversidade e o acolhimento.
No
agradecimento em inglês, o diretor artístico
Gustavo Fernández disse que se trata de uma
história de tolerância e amor, um roteiro
assinado por Thelma Guedes e Duca Rachid.
“Isso
é o mais importante: é poder levar essa mensagem
de acolhimento, de empatia para o mundo, que essa
é uma questão mundial”, destacou Duca Rachid,
coautora de “Órfãos da Terra”.
Ao
escrever a história do amor impossível entre
Jamil e Laila, uma refugiada síria, as autoras
contam um pouco da trajetória de todos os
descendentes de outras terras que formam o
Brasil.
“A
importância de mostrar para as pessoas que os
refugiados são pessoas como nós, que só querem
uma coisa: direito à vida. Então eu acho que foi
isso, nasceu desse sentimento da gente de ver que
essa realidade estava mais próxima do que a gente
podia enxergar”, avaliou Thelma Guedes, coautora
de “Órfãos da Terra”.
"Órfãos
da Terra" já colecionava outros dois
prêmios internacionais e foi licenciada para
levar a mais de 50 países uma mensagem de
esperança.
“Que
é possível você resolver conflitos, você atuar
com amor, atuar com proximidade, botar o afeto,
botar o carinho e mostrar que esses conflitos
podem ser superados. É o Brasil como se fosse um
centro que amparasse essa discussão e, a partir
dessa conversa, a gente abrisse espaço para o
diálogo”, disse Carlos Henrique Schroder,
diretor-executivo de criação e produção de
conteúdo.
A
novela foi também o último trabalho do ator
Flávio Migliaccio, que morreu em abril aos 85
anos. Ele interpretou o personagem Mamede Al Aud,
um refugiado palestino. Com a vitória desta
segunda, a dupla Duca Rachid e Thelma Guedes
venceu o segundo Emmy. Em 2014, elas ganharam
também na categoria novela com “Joia Rara”,
dirigida por Amora Mautner.
Agora,
a Globo tem, ao todo, 18 prêmios Emmy
Internacional. Em 2019, "Malhação: viva a
diferença", com texto de Cao Hamburguer e
direção de Paulo Silvestrini, venceu o prêmio
Emmy Internacional Kids na categoria
séries.
A
Agência das Nações Unidas para Refugiados
parabenizou a Globo pela conquista e declarou que
o prêmio confirmou a qualidade da produção e o
comprometimento social de toda a equipe com a
realidade das pessoas refugiadas no Brasil.