Regina
Duarte, secretária da cultura, é demitida do Governo Bolsonaro
Na
véspera de demitir Regina, Bolsonaro divulgou
vídeo com o ator Mário Frias, que deve ser o
novo secretário especial de Cultura
A
saída de Regina Duarte da secretária
especial de Cultura foi feita após um intenso
processo de fritura pública da atriz por parte de
Jair Bolsonaro. Na terça-feira (19/05),
enquanto Regina ainda tentava negociar os termos
de uma “saída honrosa” do governo,
Bolsonaro usou as redes sociais para divulgar uma
entrevista do ator Mário Frias que, em
uma das cenas mais deprimentes do servilismo
explícito, praticamente anunciou sua ida para o
cargo enquanto ela ainda estava à frente da
pasta.
No
vídeo compartilhado por Bolsonaro, Frias afirmou
em entrevista à CNN que estava à disposição do
governo "para o que precisar". “Pelo
Brasil eu estou aqui. Do que for preciso eu não
vou correr. Respeito o Jair demais, vejo o Brasil
com chance de finalmente ser um País, respeitado,
digno, honesto, com uma democracia forte e
consolidada”, disse.
Questionado
sobre a possibilidade de assumir a Secretaria
Especial da Cultura ele afirmou "pro Jair,
cara, o que ele precisar eu tô aqui. “Eu torço
demais pra Regina, eu sou fã dela, mas pelo
Brasil eu tô aqui”. Na terça-feira, o ator
também almoçou com Bolsonaro.
No
início da manhã da quarta-feira (20/05), também
em um vídeo constrangedor, Bolsonaro anunciou que
Regina Duarte estava saindo da secretaria para
assumir a chefia da Cinemateca em São Paulo,
"do lado do seu apartamento". Ainda
segundo Bolsonaro, a atriz deixou o cargo, 60 dias
após assumir o comando da secretaria, por “sentir
falta de sua família”.